O mestre Rico Lins dá quatro dicas fulminantes para fugir do óbvio no design gráfico

O premiado designer gráfico Rico Lins dispensa apresentações. Dono de um portfólio invejável com ilustrações para veículos como Le Monde, Libération, The New York Times, New Yorker e The Washington Post, entre outros, além de um sem-número de cartazes, capas, logomarcas etc., Lins é mestre Navega do curso Design, Ilustração e Direção de Arte. Ele dá quatro dicas fulminantes para quem quer fugir do óbvio na hora de trabalhar com mensagens e imagens.

BOM REPERTÓRIO 
Primeiro, “ter um bom repertório de referências é fundamental em qualquer campo da arte”, inclusive a gráfica. Ao mesmo tempo que recebeu formação tradicional pelo curso de Comunicação Visual da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da UERJ, era fã da estética do punk e do pós-modernismo. Além disso, inspirou-se em nomes tão diversos quanto o artista gráfico polonês Roman Cieslewicz, o desenhista de HQs Robert Crumb e professores do Royal College como Ken Garland, que acreditou e apoiou suas pesquisas e trabalhos. O olhar do designer é formado por sua rede de interesses e referências.

ASSIMETRIA É INCLUSIVA
Entre os conceitos básicos do design, estão forma, cor, luz, harmonia, contraste, etc. A partir deles, o designer organiza as informações visuais. Em vez de buscar a perfeição e a completa harmonia dos elementos gráficos, Rico sugere que o designer incorpore a assimetria em seus trabalhos. Ela é mais próxima da realidade: os mitos da perfeição e da pureza são inatingíveis e opressores. A imperfeição é inclusiva e aproxima o receptor da mensagem por seu caráter acessível.

SUBVERSÃO DO CLICHÊ
Em geral, o clichê é muito malvisto, mas Rico acredita que pode ser um bom disparador. Como todo mundo conhece, tem uma mensagem clara e traz familiaridade. Mas para não cair no óbvio, é preciso dar a ele uma nova leitura, um viés surpreendente. “Você tem que usar o clichê como trampolim e mostrar o que está por trás dele”, reflete o designer.

RAÍZES E ORIGINALIDADE
Finalmente, as raízes são importantíssimas. Quanto mais olhamos para nossas referências de base, mais singular é nossa produção. Os termos “origem” e “originalidade” compartilham a mesma raiz e trazem a ideia de que “quanto mais perto da sua origem, mais original você será”. E pelo tamanho e pelas diferenças regionais do Brasil, “nossa identidade vem justamente da nossa diversidade”, conclui Rico.

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