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Depois de ler nosso post sobre conceito e origem dos contos de fadas, você está encantado por esse universo e quer muito escrever seu primeiro conto. Mas como fazer?
A criação de contos de fadas é uma arte literária como outra qualquer, mas esse subgênero dos contos tem alguns pontos específicos que precisam ser observados na hora de escrevê-los.
Para sua sorte, a gente te dá aqui um pequeno manual para você começar essa aventura. Conheça agora quais os elementos básicos dos contos de fadas, sua estrutura e estratégias para te inspirar a escrevê-los. Vem com a gente!
Já lemos neste blog sobre a Jornada do Herói na criação de roteiros, de textos literários e afins. Então nos contos de fadas é tudo igual?
Não. A estrutura dos contos de fadas tem pontos específicos que precisam ser levados em conta, e é o que veremos a seguir.
Como texto literário, o conto de fadas tem uma estrutura particular, que difere das outras narrativas. Um dos maiores estudiosos sobre o tema, o estudioso russo Vladimir Propp, elaborou um esquema cujas linhas gerais determinam seis momentos do conto mágico. Vamos a eles.
Conhecendo os elementos e as particularidades da estrutura dos contos de fadas, você pode começar a escrever sua própria história de magia.
Está sem inspiração? Um bom exercício para principiantes é desenvolver um conto de fadas abordando um problema social da atualidade. Como falar das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza pela ótica dessas narrativas fantásticas, por exemplo?
Se sua história tiver uma situação inicial, uma dificuldade ou o dano sofrido pelo herói, o pedido de ajuda (que pode vir da maneira mais mágica que você quiser), o desenvolvimento dessa ajuda, a resolução do problema e o final feliz (ou não, você escolhe), você acaba de construir um conto de fadas atual e pronto para cativar os leitores. Tente já!
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Você gosta de contos de fadas? Sabe quando, como e por que eles surgiram? Qual o conceito de conto de fadas e seu papel na formação infantil? Essas perguntas sobre a forma literária que atravessou séculos e ainda cativa crianças e adultos serão respondidas na sequência. Leia e descubra!
Uma das teorias mais aceitas sobre os contos de fadas é que eles foram desenvolvimentos das primeiras narrativas orais surgidas entre os seres humanos ainda no período pré-Histórico.
Já na Idade Média, esses contos de característica fantástica seguiram sendo divulgados de pessoa para pessoa pelo relato oral, sempre com desfechos que traziam uma lição de moral. Isso porque os contos de fadas eram formas de passar valores e noções éticas entre membros de uma comunidade.
Com a Idade Moderna e o advento da imprensa (equipamento usado para imprimir livros a partir de tipos móveis), as histórias orais passaram a ser registradas por escrito e difundidas entre a parcela da população alfabetizada.
Escritores como os irmãos Grimm, La Fontaine, Charles Perrault e Hans Christian Andersen tornaram-se famosos por reescrever essas fábulas a partir de uma perspectiva própria, dando seu toque de estilo a enredos já consagrados pelos contadores.
Foi assim que os contos de fadas atravessaram séculos, alternando características, reinventando enredos, mas sempre trazendo um aprendizado em suas narrativas.
A partir de sua história, temos pistas do conceito dos contos de fadas: são histórias com elementos fantasiosos e mágicos, transmitidas de pais para filhos, que trazem em seu enredo uma lição ética a ser aprendida.
As crianças estão em constante aprendizado e desenvolvimento tanto físico quanto psíquico. Para estimular suas capacidades, brincadeiras e atividades lúdicas são indicadas, pois fazem com que a criança adquira habilidade motora e noções de comportamento de forma prazerosa.
Sendo assim, nada melhor que uma boa história para passar essas noções individuais e sociais a partir de um exemplo de fácil assimilação. Tendo um fundo moral inserido na trama repleta de elementos fantásticos, os contos de fadas são excelentes para educar ao mesmo tempo que despertam a imaginação e criatividade dos pequenos. Nem os adultos resistem!
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a história, o conceito e a função pedagógica dos contos de fadas, aventure-se por esse mundo de fantasia e magia.
Leia os clássicos, como os irmãos Grimm e Charles Perrault, e adaptações atuais, como os livros Era Uma Vez Andersen e Meninas Incríveis: Contos Maravilhosos de Transformação, ambos escritos pela mestra Navega Katia Canton.
Quem sabe você descobre em si a vontade de escrever essas narrativas. Inspire-se nos mestres e desperte sua criatividade!
]]>Da esq. p/ dir.: Anna Muylaert, Carlos Nader, Esmir Filho e Hilton Lacerda, roteiristas consagrados
(montagem com fotos de Marco del Fiol e Victor Jucá [Hilton Lacerda])
Você sabe o que faz um roteirista e qual sua importância no processo de realização de um filme? Se você gosta de escrever histórias e ama a sétima arte, está no meio do caminho para ser um desses profissionais. Basta juntar essas duas paixões!
O que faz um roteirista, qual sua importância na feitura de um filme ou série e alguns nomes de destaque dessa profissão no Brasil são os tópicos deste texto, que vai te dar aquele empurrão extra se você quer escrever filmes.
O roteirista é basicamente o profissional que escreve o texto da obra audiovisual, seja um filme, série, programa ou até comercial. Ou seja, ele compõe a narrativa do projeto por meio de diálogos e ações. Os principais elementos de seu trabalho são o enredo e as personagens.
O enredo é a história em si, a ação que será registrada em imagens. As personagens dão vida e conduzem a história. A personagem principal, ou protagonista, é o chamado herói (ou heroína) e vai passar por uma jornada que o transformará. Para saber mais sobre, leia no nosso blog como estruturar um roteiro.
Sendo o profissional que põe no papel a narrativa que conduzirá a realização do filme, o roteirista é responsável por dar à obra audiovisual seu sentido conceitual, ou a ideia por trás das imagens/sons em movimento. Em alguns casos, o roteirista é também o diretor do filme - o chamado “cinema de autor”.
Um roteiro bem estruturado é também a base para a organização do processo de filmagem e de edição a partir da decupagem. É a partir da obra do roteirista também que o projeto audiovisual pode ser oferecido a possíveis patrocinadores e produtores, participar de seleção para editais de apoio a produção audiovisual ou mesmo convencer um canal ou streaming a entrar naquele projeto.
O cinema nacional tem muitos roteiristas exemplares, que às vezes também dirigem seus filmes e transitam com competência entre cinema, TV e streaming. Entre eles, estão:
Sabe o que Anna Muylaert, Carlos Nader, Esmir Filho e Hilton Lacerda têm em comum? Todos são mestres Navega! Viaje em nossa página de cursos e descubra com esses roteiristas premiados como dar um salto criativo em sua carreira cinematográfica!
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Quem sabe criar personagens interessantes e envolventes já sai na frente na hora de escrever um livro, filme ou série de TV. Mas quais são os pontos básicos da composição das pessoas ficcionais que dão vida às histórias?
Neste texto, você vai entender quais as principais características de uma personagem, como fazer para ela parecer uma pessoa de verdade sem cair no estereótipo e como ela deve se inserir na história. Vamos nessa!
Para arrasar na criação de personagens, é preciso conhecer as características que dão corpo, voz, personalidade e ação ao tipo que você quer criar.
São algumas perguntas simples que devem ser bem respondidas, para sua personagem não cair no clichê, tornando-se profunda e multifacetada.
Para você definir sua personagem, o primeiro passo é imaginar aquela pessoa vivendo no dia-a-dia. Algumas perguntas que ajudam nessa hora são:
Qual o nome, a família, o grupo social da sua personagem?
Quantos anos ela tem?
Quais são suas características físicas?
Como é sua personalidade e temperamento?
Onde ela mora? (cidade, Estado, país)
É casada ou solteira?
Trabalha ou faz o que da vida?
Quais são seus gostos pessoais?
Dica: Você pode fazer uma ficha com os dados da sua personagem, como se fosse um cadastro geral. Assim, sempre que estiver descrevendo suas ações, pode consultar a ficha para tirar alguma dúvida.
Nem sempre você quer retratar alguém que se parece com você, ou que vive no mesmo meio. Nessa hora, é fundamental pesquisar. Claro que as ferramentas de busca da internet ajudam, mas você pode procurar pessoas que tenham características parecidas com o tipo que você quer descrever.
Por exemplo, se você quer dar vida a um bibliotecário, pode ir a uma biblioteca pública e entrevistar um atendente. Se o seu personagem possui um distúrbio de comportamento, você pode entrevistar um psiquiatra e perguntar mais a respeito. Isso faz com que você tenha uma visão mais profunda das questões da sua personagem.
Para o mestre Navega Marcelino Freire, a personagem tem uma voz, uma maneira de pensar e de falar, um ritmo próprio, que se relaciona com sua personalidade. Por exemplo, uma pessoa tímida é contida, fala menos, se expressa de forma indireta e com frases curtas. Uma pessoa egoísta sempre vai colocar seus interesses em primeiro lugar.
Esse é o chamado Núcleo Emocional da personagem, segundo o autor. A partir daí, fica mais fácil descrever ações e falas da personagem. Seguindo nosso exemplo anterior, uma pessoa egoísta dificilmente vai se preocupar com o sofrimento de um amigo e vai falar muito mais sobre si do que sobre os outros.
Você fez uma ficha com as características, pesquisou em campo e definiu o Núcleo Emocional da sua personagem. Não quer dizer que você precisa escrever todas essas características e pesquisas no seu livro ou roteiro.
Essas noções precisam estar bem definidas na sua cabeça, para você saber como as personagens vão reagir ao enredo em que estão envolvidas. Mas é a narrativa que vai apresentar sua personagem, mostrando suas características e personalidade por meio das ações e reações que ela tem diante da história. É a chamada Jornada do Herói, que você conhece melhor nesse texto do blog.
Ficou mais fácil criar suas personagens? Então mãos à obra! Mas se faltar inspiração para criar tipos e histórias, uma dica muito legal é visitar o Museu da Pessoa, uma instituição virtual que cataloga a vida das pessoas comuns.
Lá, existem inúmeros vídeos com narrativas em primeira pessoa, mostrando como a vida cotidiana é fundamental para a construção da trajetória de um país, um povo e uma cultura. Você certamente vai ter muitas ideias para criar histórias - e personagens - fantásticas!
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Neste 2022, o Navega amplia sua atuação como canal de aprendizado criativo com vários workshops, encontros e palestras na faixa. Já no Dia das Mulheres, 8 de março, às 19h, a plataforma dá de presente a todos, todas e todes o encontro gratuito Oportunidades para Roteiristas em 2022, trazendo a crítica de cinema Lorenna Montenegro e a agente de talentos Mariana Brasil, duas profissionais experientes e renomadas da cena audiovisual brasileira.
Elas conversam com mediação da CEO Navega Minom Pinho, também produtora audiovisual e diretora do FIM - Festival Internacional de Mulheres no Cinema, que até gravou um convite em vídeo, veja na sequência. Entre já na página do evento e inscreva-se para participar. É online, de graça e ao vivo!
E as novidades dessa plataforma que vos fala não param por aí! Além de lançar uma nova linha de cursos Expressos ao vivo e o novo tema Livros: Publicação e Autopublicação em seu cardápio tradicional, o Navega já começou o ano fazendo dois workshops gratuitos, para ampliar a difusão de conhecimento com aulas inspiradas e rápidas que vão abrir sua cabeça para as mais variadas áreas criativas.
O primeiro foi no dia 21 de janeiro, com o casal Cecília Arbolave e João Varella, sócios na Banca Tatuí e editora Lote 42 e mestres do novo curso Livros: Publicação e Autopublicação.
Eles conversaram com o supermestre Navega Marcelino Freire sobre publicação de livros, dando dicas valiosas sobre como transformar seu manuscrito num volume vendável e ampliando os temas abordados em seu novo curso.
Alerta de spoiler: logo menos, mestre Marcelino lança novo tema para um grupo de estudos, com aulas ao vivo e devolutiva da produção dos alunos no final!
Já o pitching audiovisual foi o tema do segundo workshop, com a maravilhosa mestra Krishna Mahon, que além de showrunner premiada, agora também escreve uma coluna divertidíssima aos sábados na Folha de S. Paulo.
Ela deu um workshop sobre como apresentar seu projeto audiovisual para possíveis investidores sem medo e sem passar vergonha, de maneira irresistível para tornar realizade seu projeto de série, filme ou programa.
Para quem quiser ampliar ainda mais o conteúdo da aula gratuita, partindo do conhecimento baseado na experiência de quem já foi executiva dos canais Discovery e a responsável por trazer o History Channel para o Brasil, é só fazer o curso Navega Pitching Audiovisual: como Vender seu Projeto com Krishna Mahon.
E pode ir se preparando: em breve, novos temas e mestres compartilharão de forma espontânea, rápida e gratuita os saberes circulantes nesta plataforma de difusão nesse novo formato de aulas abertas.
Em abril, é a vez de Katia Canton falar das relações entre psicanálise e contos de fadas. Siga já nosso Instagram e Facebook e não perca nossos workshops!
]]>João Varella e Cecília Arbolave, mestres Navega de Livros: Publicação e Autopublicação (foto: Marco del Fiol)
Quem gosta de publicações inovadoras e criativas, com o tempero autoral de quem está sempre reinventando o mercado editorial, certamente já conhece ou ouviu falar da Banca Tatuí, no bairro de Higienópolis (SP), e da editora Lote 42. Pois seus sócios-proprietários, o casal Cecília Arbolave e João Varella, são os novos mestres Navega de Livros: Publicação e Autopublicação.
O curso é uma escola completa de como publicar seu livro, seja você um escritor de primeira viagem, com aquele original esperando a oportunidade de sair da gaveta, ou um autor que já está nas prateleiras, mas quer tomar nas mãos o processo de criar uma edição a seu próprio gosto. E o melhor: a didática de Cecília e João é híbrida e apresenta várias possibilidades de realizar a publicação de seu livro, apostila ou texto único.
Dentre os conteúdos do curso, estão:
entre muitos outros assuntos abordados pela expertise e inventividade que só dois editores fora da caixa, com uma trajetória consolidada e reconhecida no mercado editorial brasileiro, podem expor aos alunos.
Essa é a oportunidade que você esperava para entrar no mercado editorial não só como autor mas também como editor de seu próprio livro, ou de editar livros dos seus amigos, caso você goste mais de enveredar por design gráfico e editoração. Com informações sobre como vender seu livro depois de pronto!
Seja qual for a finalidade, não perca mais tempo: o curso Navega Livro: Publicação e Autopublicação já está disponível em nosso site, com 42 videoaulas entre 2 a 19 minutos, perfeitas para você assistir sempre que sobrar um tempinho para se especializar e ganhar novos conhecimentos e possibilidades de criação. Compre já e publique-se!
]]>Mariana Brasil, Ary Rosa e Glenda Nicácio, Lorenna Montenegro: mestres Navega Expresso (divulgação)
Você sentia falta de um contato mais próximo e direto com os mestres Navega e respondeu nossa pesquisa sobre seus anseios de aprendizado para este ano que já está a todo vapor? O Navega Expresso é a resposta aos seus desejos!
Diferente dos nossos já icônicos cursos online gravados em qualidade cinematográfica, nossa nova modalidade de aulas segue acontecendo online para todo o Brasil, mas desta vez é ao vivo e concentrada em poucos dias.
Isso mesmo, você acompanhará em tempo real as palavras e ensinamentos de grandes mestres e mestras das mais diversas áreas criativas que trazem não só formação e informação vinculadas à criação artística mas também ao que é necessário para te colocar nas melhores posições no mercado profissional.
E para aproveitar essas novidades, voce pode se matricular já, pois a programação de março está no ar e as vagas são limitadas. Dia 14 de março já estreia o primeiro curso ao vivo Navega Expresso, trazendo na sequência mais duas opções focadas em criação e realização audiovisual:
A estreia do Navega Expresso vem muito bem representada pela agente de roteiristas Mariana Brasil, que em dois dias vai trazer orientações e reflexões fundamentais para um autor-roteirista ingressar no mercado profissional. E não estamos falando só de cinema mas também de salas de roteiro de séries, programas de TV e outros conteúdos.
Entre os temas abordados, estão:
Ou seja, é o Navega Expresso sob medida para quem já escreve roteiros, mas não sabe como chegar ao mercado, como também para quem já está atuando e quer dar o próximo passo na sua carreira.
A personagem é o elemento fundamental de qualquer roteiro, seja ele para cinema ou televisão, para um curta-metragem ou série, passando pelo longa. É através de sua história de transformação (a famosa Jornada do Herói) que o roteiro se desenvolve e ganha consistência, além de atrair um público ávido pela identificação com a vivência do sujeito ficcional.
A imersão nas metodologias e estratégias de construção de personagens originais e cativantes torna esse curso primordial para a construção de roteiros sólidos e envolventes. Ministrado pela crítica de cinema, pesquisadora e roteirista Lorenna Montenegro, esse Navega Expresso é indicado para roteiristas iniciantes ou em busca de especialização, escritores, profissionais e acadêmicos de outras áreas do conhecimento, curiosos em geral ou apaixonados pelo assunto.
Trailer do filme Até o Fim, dos mestres Navega Expresso Glenda Nicácio e Ary Rosa
Mesmo em tempos de crise, como a que vivemos nos últimos dois anos no cinema brasileiro, a dupla de cineasta Glenda Nicácio e Ary Rosa conseguiram um feito raro no país: rodar e lançar um filme por ano e percorrer importantes festivais, desde 2017 até a atualidade. São filmes como Café com Canela (2017), Ilha (2018), Até o Fim (2020) e Voltei (2021), rodados com baixo orçamento e usando uma estética mais despojada e direta, que garante contundência e impacto. E o fluxo de produção segue intenso - eles têm mais dois filmes no forno!
Neste Navega Expresso inédito e exclusivo, essa dupla incansável vai ensinar suas estratégias e abordagens inovadores de criação, direção e produção que garantem a desejada continuidade do fazer cinematográfico e projeção das suas carreiras como cineastas e realizadores independentes, mesmo em cenários adversos.
Em comemoração ao Mês da Mulher, além de trazer potentes professoras mulheres da indústria do cinema, o Navega vai sortear 5 vagas em cada um dos três cursos ao vivo do Navega Expresso. A comunidade Navega indica mulheres negras, indígenas e pessoas de identidades ltransgêneres para participar. Queremos incentivar a diversidade e a inclusão no cinema, TV e streaming.
E para quem se interessou por mais de um curso do Navega Expresso, uma ótima notícia: acesse desconto especial no site na compra de mais de um curso. Tá esperando o que para começar essa jornada rumo ao mercado audiovisual? Inscreva-se já!
E siga a gente no Instagram e Facebook: muitos outros Expressos vêm por aí!
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Muitos autores iniciantes são apaixonados por poesia, mas entram em pânico na hora de escrever um poema. Por onde começar? O que difere a poesia da prosa? Quais elementos compõem o texto poético? É o que vamos ver a seguir.
Não existe uma definição única de poesia e, aliás, seria muito difícil que houvesse. Por trabalhar com as palavras de forma solta, apropriando-se mais de seus sentidos conotativos (figurados), e não denotativos (literais), a poesia é por excelência o campo onde o texto pode se desprender de uma exatidão do discurso.
Nada melhor que duas definições complementares de expoentes dessa arte como exemplos desse universo de sentidos amplos.
Para o poeta francês Paul Valéry, a poesia é a “hesitação prolongada entre som e sentido”. A poesia estaria nesse meio de campo: de um lado, traz o valor puramente musical das palavras e, do outro, o significado que elas veiculam. Quanto mais prolongada é essa hesitação, maiores seus efeitos líricos.
Já o poeta estadunidense Robert Frost define a poesia como “aquilo que se perde na tradução”. Não se trata apenas do vocabulário, do som e do ritmo das frases, mas também das associações que as palavras podem gerar.
Por exemplo: para um leitor de poesia brasileira, a palavra ‘rosa’ pode sugerir tanto a “rosa do povo” de Carlos Drummond de Andrade quanto a “rosa de Hiroshima” de Vinícius de Moraes, enquanto um leitor de poesia alemã pode associá-la à “rosa de ninguém”, de Paul Celan, entre outros. Cada uma dessas rosas se refere a um universo semântico único, cujas impressões e sensações não podem ser transmitidas literalmente.
Dentre a documentação escrita, a poesia é uma das mais antigas. Os poemas dos gregos Homero (autor de Ilíada e Odisseia) e Hesíodo (Teogonia e Os Trabalhos e os Dias) datam de quase um milênio antes da era Cristã.
Se no início a escrita em versos era majoritariamente usada para narrar grandes feitos do povo grego, lições religiosas e de vida, durante a Idade Média tomou a forma de cantigas de amor, amigo, maldizer ou de escárnio declamadas por trovadores, o chamado trovadorismo.
A partir da Modernidade e com o advento da imprensa (o dispositivo de tipos móveis pelo qual se imprimiam livros e diversas outras publicações), os versos popularizaram-se entre leitores e escritores, e suas formas passaram a coincidir com movimentos literários, como o Romantismo, Parnasianismo, Arcadismo, Surrealismo e Concretismo.
Hoje, a poesia é mais livre de formas pré-estabelecidas e existe uma enorme variedade de estilos.
A principal diferença entre poesia e prosa está na forma de organização do texto. A poesia pressupõe uma divisão de suas linhas (chamadas versos) a partir da métrica, da sonoridade e das imagens, de acordo com o efeito que se pretende causar no leitor. Já o texto em prosa tem suas frases divididas de acordo com sua organização sintática, que consiste basicamente em sujeito, verbo e predicado. Na poesia, esses elementos não precisam estar juntos no mesmo verso.
Por exemplo, se pegarmos a primeira estrofe do Hino Nacional Brasileiro, escrita em versos, teremos:
Ouviram, do Ipiranga, as margens plácidas,
De um povo heroico, o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Ao organizarmos essa mesma estrofe em prosa, sem nos atermos à métrica, às rimas e às imagens pretendidas, teremos:
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico, e nesse instante o sol da Liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da pátria.
Portanto, a organização da prosa leva em conta a estrutura sintática da frase, enquanto a poética considera a métrica, as rimas e as imagens. Mas como funcionam cada um desses elementos?
A métrica consiste na divisão dos versos em sílabas poéticas, diferentes das sílabas gramaticais. Isso porque as sílabas poéticas levam menos em conta as divisões da palavra e mais o som das divisões do verso
Por exemplo, usando ainda o Hino Nacional, consideremos seu primeiro verso:
Ouviram, do Ipiranga, as margens plácidas
Ao dividirmos suas sílabas poéticas, teremos:
Ou - vi - ram, - do I - pi - ran - ga, as - mar - gens - plá - ci - das
Embora “do” e “Ipiranga” sejam duas palavras distintas, quando lidas dentro do verso mesclam suas sonoridades, e por isso “doI” é uma sílaba poética. Da mesma forma, acontece com “Ipiranga” e “as”. A sonoridade da sílaba final de “Ipiranga” funde-se com o artigo “as” e a sílaba poética fica “ga,as”, como um som único.
A divisão de sílabas poéticas é chamada de escansão.
Ao longo da História da poesia, existiram muitas formas fixas poéticas que exigiam uma métrica específica. Alguns exemplos são os sonetos e os versos alexandrinos, entre outros. Na atualidade, a forma poética obedece muito mais a uma sensibilidade do autor quanto ao ritmo, à métrica e à versificação de seu texto do que a formas preestabelecidas.
Rima é a coincidência sonora e de acento tônico entre as palavras. Em geral, aparece no final dos versos (rima externa) a fim de acentuar a musicalidade, embora possam ocorrer dentro dos versos (rima interna). Como no exemplo:
chamar isso de floresta
onde resta só uma vala?
se a lâmina com fome
come inteira a floresta
afinal como chamá-la?
post mortem, seu nome
cala?
Quando a coincidência dos sons é total, são rimas perfeitas ou consoantes (floresta/ resta, fome/ come/ nome, vala/ chamá-la/ cala). No caso de coincidência das vogais, são rimas toantes (nome/ mortem).
Há também rimas aliterativas, em que a coincidência sonora se restringe às consoantes, por exemplo:
tragam a pá
traguem o pó
Além de considerar a rima, que cria a impressão sonora do poema, e a métrica, que imprime ritmo ao texto poético, o escritor deve ter em vista os recursos expressivos, de ordem semântica. São os recursos de criação de sentido a partir das imagens inseridas na poesia.
O poeta é um artesão da palavra e do discurso. Seu sucesso é condicionado por sua capacidade de transmitir sensações e imagens por meio de construções verbais inusitadas, que surpreendam e atinjam o leitor. Por isso, quem escreve poesia deve evitar os clichês de estilo.
Eles podem vir em forma de palavras banalizadas pelo excesso de uso em versos, como “alvorada” no lugar de “manhã”, ou “prenhe” em vez de “cheio”.
Fuja também de expressões de linguagem batidas, do tipo “o amor é uma flor” ou “mar revolto”.
O efeito poético nos toca mais profundamente quanto menos esperado. Como no clássico parnasiano de
Raimundo Correia, As Pombas:
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais…
Aqui, as pombas são o contraponto perfeito para os sonhos da adolescência. Enquanto as pombas voam para longe assim que “raia sanguínea e fresca a madrugada” (note-se a forma original e bela de substituir a imagem da alvorada, com seus raios vermelhos de sol despontando), os sonhos juvenis partem dos corações para nunca mais voltar.
Figuras de linguagem são bem-vindas, sendo a mais comum a metáfora (uso de uma palavra para substituir outra com a qual guarda características semânticas similares). Outras delas são metonímia, comparação, ironia, antítese, hipérbole e muitas mais.
Não adianta: quem não gosta de ler não pode sonhar em ser escritor. Isso vale ainda mais para poesia, uma área expressiva que na atualidade não tem uma forma prévia de metrificação e versificação.
Lendo outros poetas, você vai descobrir estratégias e recursos diferentes e poderá adaptá-los para seu próprio texto. Também vai descobrir qual estilo de escrita poética mais te interessa.
Só assim você terá sucesso em transformar suas sensações e sentimentos em versos e imagens consistentes e impactantes. Afinal, o ponto de partida de sua poesia será sempre seu universo interno, emocional, mas para trazê-lo à tona de forma expressiva e arrebatadora, é preciso trabalhar (e muito) a palavra, o verso, o ritmo e o som.
Como diria a poeta Sylvia Plath: “Penso que a minha poesia seja fruto da experiência de meus sentidos e da minha emoção, mas devo dizer que não posso ter simpatia por aquele ‘grito do coração’ (...). Creio que se deva saber controlar as experiências, até as mais terríveis, como a loucura, a tortura (...). E se deva saber manipular com uma mente lúcida que lhe dê forma (...).”
Agora que você já aprendeu o conceito de poesia e seus elementos, esperamos que as dicas abordadas ao longo desse conteúdo ajudem a aumentar ainda mais sua criatividade de escrita em versos.
Para complementar sua leitura, assista a aula gratuita do mestre Marcelino Freitas e entenda como construir o núcleo emocional do seu personagem. Acesse a aula agora clicando na imagem abaixo.
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Você sabe o que é decupagem e a qual área criativa se aplica? Se você quer trabalhar com cinema e TV, precisa saber mais sobre essa técnica, muito útil para organizar o processo de filmagem e também de edição e montagem. Vamos a ela.
Decupagem vem do francês decoupage, que significa corte, e do verbo découper, que significa cortar. O termo passou a ser usado no cinema em meados de 1910, quando a técnica cinematográfica tornou-se mais definida em termos de procedimentos.
Existem duas formas de decupagem aplicadas ao cinema e à TV. A primeira é a decupagem de roteiro, também conhecida como análise técnica ou roteiro técnico. É uma das etapas posteriores à realização do roteiro e anteriores ao início da filmagem.
Já a decupagem para edição é o processo de revisão e análise do material já gravado para facilitar a montagem do filme ou programa.
Antes de começar a filmagem, o diretor tem que planejar a forma visual que quer dar ao seu roteiro. Para isso, vai visualizar cada cena mentalmente, e precisa descrever esse processo de forma inteligível para a equipe de filmagem.
É aí que entra a decupagem de roteiro ou análise técnica: cena a cena (com a notação de sua duração), o diretor vai determinar qual será o plano utilizado na cena e o que ela contém em termos visuais, sonoros e de diálogos, para que se encaixe na cena seguinte, formando uma sequência coerente tanto do ponto de vista visual quanto de narrativa e diálogos.
Na análise técnica, também são levantados os materiais de cena, figurinos e equipamentos necessários para que se chegue à imagem planejada pelo diretor. Dessa forma, o roteiro decupado mostra como a narrativa vai chegar à tela.
Veja aqui um exemplo de decupagem de um roteiro de comercial. Existem inúmeras outras versões de análises técnicas na internet.
Após a captação de todas as cenas necessárias ao filme, comercial, programa ou série, é preciso fazer a montagem para chegar ao resultado final, cortando excessos, escolhendo as melhores tomadas e deixando toneladas de material filmado de fora.
Entra só o melhor material rodado, no tempo preciso para passar a mensagem desejada pela narrativa.
É aí que entra a decupagem para edição. Ela é feita pela equipe de edição, que tem a árdua tarefa de assistir a todo material bruto para selecionar apenas os melhores trechos para a narrativa.
É preciso anotar o momento exato (em hora, minutos e segundos) em que a cena a ser utilizada começa e termina, e em que arquivo de vídeo ela se encontra. Assim, a equipe de montagem “só” tem o trabalho de conectar uma cena à outra, fazendo os ajustes de duração necessários.
Ficou por dentro do que é decupagem em cinema e TV e quais seus diferentes usos? Você que aprendeu com a gente como aprimorar seu roteiro, comece já a treinar a análise técnica e tenha seu filme na cabeça!
(imagem sob licensa Shutterstock)
Os movimentos de câmera são recursos narrativos fundamentais. Além de dar dinamismo e ritmo a um filme eles ajudam a contar a história. Junto com os enquadramentos, criam inúmeras possibilidades de captar uma cena de forma expressiva e emocionante. Quais são os movimentos de câmera e como você pode usá-los para passar as ideias do seu roteiro?
Qual a diferença entre movimento de câmera e enquadramento? O movimento da câmera aproxima, afasta, percorre um caminho ou leva a imagem de um lado para o outro vertical ou horizontalmente.
Já o enquadramento especifica que tipo de recorte a imagem terá: mais aberto ou fechado, de cima para baixo, de baixo para cima ou no mesmo plano do espectador. Aqui, não vamos abordar ainda o enquadramento de cinema e vídeo, mas aguarde: em breve falaremos do tema.
O que podemos adiantar é que o movimento de câmera e o enquadramento são duas funções operando no mesmo sentido: criar climas, sensações e ritmos em cada cena e, consequentemente, no filme ou série. É a forma como o diretor conta sua história visualmente.
Se na literatura a escolha das palavras, as divisões em parágrafos, a pontuação e o uso de figuras de linguagem, entre outros elementos próprios da escrita, são a base para a construção de uma jornada do herói envolvente e original, os movimentos de câmera e o enquadramento cumprem uma parte dessa função no cinema.
Quem aí nunca ouviu um diretor falar em zoom, panorâmica ou travelling quando explica uma sequência de seu filme? Pois eles são todos movimentos que a câmera faz para dar ritmo à ação em foco.
Mas o que esses nomes significam? É sobre o que vamos falar agora:
Quando a câmera faz um passeio horizontal tendo seu tripé fixo, essa movimentação é chamada de panorâmica. É ideal para mostrar a vastidão de uma praia ou para acompanhar um carro no centro do quadro enquanto ele se desloca tranquilamente numa estrada deserta, ou para criar uma sensação de pressa quando em alta velocidade (a chamada whip pan ou swish pan).
Na sequência inicial de Cidadão Kane (direção de Orson Welles, 1941), que inovou a linguagem cinematográfica lançando mão de novas formas de usar os movimentos de câmera, os pequenos trechos sobrepostos em que aparecem as grades da casa são panorâmicas curtas:
Se for feita na vertical, como no exemplo acima, existem variações na nomenclatura: há quem a chame simplesmente de panorâmica vertical, traduzindo diretamente para o português, ou quem use a versão em inglês, tilt. Novamente aqui a câmera se move, mas o tripé continua parado em sua base. É essa base estática que diferencia a panorâmica do travelling, que vamos ver na sequência.
O travelling é o uso da câmera em total movimento, com uma base móvel que pode ser tanto o tripé acoplado a um carrinho (dolly) ou carregado pelo próprio cinegrafista. Ele pode seguir uma paisagem ou um personagem específico. Um exemplo magistral de travelling é a sequência inicial de Boogie Nights (direção de Paul Thomas Anderson, 1997).
Se a ideia é que a imagem seja suave e limpa, numa câmera objetiva (em que ela não representa a visão de alguém fora do quadro) o cinegrafista usa um steadycam, colete com um suporte que estabiliza o movimento da câmera. Hoje existem vários opções de equipamentos de estabilização que suportam desde câmeras 35mm até celulares.
No uso da câmera subjetiva, caso da cena em que o chimpanzé recorda seu trauma em Quero Ser John Malkovich (direção de Spike Jonze, 1999), como a cena representa a visão de um personagem, pode-se operar a câmera diretamente na mão, o que é chamado de “câmera nervosa”, pelas tremidas incorporadas à imagem.
O dolly pode ser tanto solto e movimentado de acordo com a operação do próprio cameraman quanto pode correr num trilho de trajetória previamente estabelecida, o que aumenta o controle do percurso que a câmera vai captar.
Para travellings amplos que usam deslocamento vertical e diagonal, o equipamento necessário é a grua, um guindaste de metragem variada em que a câmera é acoplada. Mas com o advento dos drones, hoje em dia é possível fazer imagens aéreas de grandes distâncias usando o equipamento.
Sabe quando a câmera se aproxima ou se afasta do ator ou do cenário durante uma cena? A esse movimento dá-se o nome do zoom. Ele é feito com a câmera parada e uma lente especial, que controla a proximidade da imagem sem perder o foco.
Quando o zoom é feito no sentido de aproximação do objeto enfocado, é chamado zoom-in, muito usado para criar um clima de tensão e urgência. Ao contrário, quando se afasta, é o zoom-out.
Um ótimo exemplo de uso do zoom, tanto aproximando quanto se afastando da cena, é um trecho da sequência final do clássico Casablanca (direção de Michael Curtiz, 1942), em o vai-e-vem de emoções das personagens de Ingrid Bergman e Humphrey Bogart é evidenciado pela movimentação da lente:
Alfred Hitchock, em Um Corpo que Cai (1958), inventou um efeito surpreendente ao combinar o movimento de dolly com o zoom, que ficou consagrado como efeito Vertigo (nome original do longa). Repare na última cena do trailer do filme, em que James Stewart olha para baixo quando está pendurado na beira do telhado:
Fique tranquilo: se você curtiu este texto sobre os movimentos de câmera, logo mais vamos explicar pra que serve o enquadramento. Lembrando que esses termos não são da alçada do roteirista, que vai se preocupar com a história a ser contada, mas do diretor e, se houver, do diretor de fotografia.
Claro que se for um diretor-roteirista, ele vai ter mais clareza de como pretende transformar sua história em imagem em movimento. Mas isso também é assunto para um outro post.
Entre os mestres Navega, dois diretores roteiristas contam de forma envolvente um pouco desse processo de transformação de uma história escrita numa obra audiovisual: Anna Muylaert e Esmir Filho.
Anna faz um apanhado de todo o processo de realização de um filme ou série partindo de sua experiência em filmes como Que Horas Ela Volta? (2015).
Já Esmir, diretor de Verlust (2020) e da série do Netflix Boca a Boca (2020), recebe convidados de peso para falar de roteiro e direção: Laís Bodanzky (longa adaptado), Hilton Lacerda (longa original), Juliana Rojas (curta-metragem), André Novais (formato híbrido) e Ana Luiza Azevedo (série).
Dê um salto de criatividade e inovação cinematográfica aprendendo o passo a passo com quem tem carreiras premiadas e experiência no mercado.
]]>Quem mora ou está em SP e gosta de publicações independentes como zines, livros e artes gráficas não pode perder: a Banca Tatuí reabriu depois do recesso pandêmico. Trazendo as propostas mais originais em termos de edições de autor, o espaço ganhou repaginação caprichada pelo arquiteto Jaime Solares. Assim, abriga a produção literária contemporânea com roupagem inovadora, bem ao gosto Navega. Tanto é que nossa plataforma lança bem no começo de 2022 um curso de Autopublicação com Cecília Arbolave e João Varella, sócios da Banca Tatuí e da editora Lote 42. Em breve!
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O Natal está chegando e você não sabe o que dar de presente para sua família e amigos? Invista em cultura, criatividade e conhecimento com o cartão-presente Navega.
Ele está disponível em diversos valores (R$ 80 e R$ 240) que dão direito a escolher um dentre os cursos da nossa plataforma (de acordo com a faixa de preço). E o melhor: pode ser parcelado em até 10x sem juros!
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É um presente e tanto! Chega na hora em qualquer lugar do Brasil ou do mundo!!
Criatividade e conhecimento embalados numa experiência singular de aprendizagem são a opção perfeita para os amantes de literatura adulta e infanto-juvenil, cinema e TV, atuação, design gráfico, ilustração e direção de arte. Neste Natal, mostre seu carinho e originalidade com um cartão-presente Navega! Dê a oportunidade de sua família e amigos(as) darem um salto criativo e aprenderem com grandes mestres !
]]>Ufa! Fizemos um intensivão de roteiro no nosso blog pra você aprender os primeiros passos dessa atividade. Falamos da estrutura, do aprimoramento, de como começar a estudar essa habilidade e de como aprofundar a leitura do roteiro, entre outros tópicos relativos ao tema. Mas qual o melhor curso de roteiro para você mergulhar no assunto depois de já ter se iniciado no tema?
Claro que existem noções e técnicas básicas e já testadas para todas as atividades humanas. Na área criativa não é diferente. Nos textos do nosso blog, demos um panorama inicial da escrita para cinema e TV.
Mas criatividade não se vende em lata, nem no supermercado. A partir desses conhecimentos básicos, cada um desenvolve seu talento de forma autoral e personalizada. Então, como fazer um curso que aprofunde os fundamentos do fazer cinematográfico a partir de um ponto de vista inovador, aberto, inspirador e baseado em experiências reais?
Quer ver como o Navega amplia seus horizontes a partir de trajetórias estrelares?
Ao contrário da maior parte dos cursos existentes no mercado, o que a plataforma de cursos Navega oferece é uma experiência de aprendizado única, a partir da vivência profissional de grandes nomes.
Além de fazer um mergulho nos fundamentos de cada área, o aluno tem um panorama da prática criativa a partir de histórias e cases vitoriosos e reconhecidos em suas expressões.
Na área de Roteiro Cinematográfico, a cineasta premiada Anna Muylaert dá o passo a passo para a construção competente de um roteiro passando por várias de suas estratégias de realização e pelos bastidores de filmes dirigidos e roteirizados por ela, como Que Horas ela Volta? (2015) e Mãe Só Há Uma (2016), entre muitos outros sucessos. Ela também fala sobre a atuação consagrada como roteirista no programa de TV Mundo da Lua e em outras séries de TV e streaming.
Você tem interesse pela área de documentário? Pois é no curso Navega Documentário Autoral com Carlos Nader que você vai aprender, exercitar e se inspirar pela carreira de um dos maiores documentaristas do Brasil, conhecido e premiado internacionalmente.
O diretor e roteirista de sucessos como A Paixão de JL (2014, sobre o artista visual Leonilson, morto em decorrência da Aids) fala de forma acessível e acolhedora sobre as diferenças entre cinema documental e de ficção, a constituição do tema no documentário, como entrevistar personagens e cinema documental X realidade.
É uma dinâmica envolvente, que desvenda o universo do documentário pelo olhar privilegiado de um de seus expoentes.
E você não perde por esperar: o diretor e roteirista de sucessos do cinema e do streaming Esmir Filho tem seu novo curso chegando à plataforma Navega!
Mais do que te passar o be-a-bá do roteiro e direção de ficção e documentários, os cursos e mestres Navega vão estender e ampliar sua visão sobre essas áreas criativas por metodologias testadas e aprovadas pelo mercado audiovisual.
A partir delas, você terá ideias originais e encontrará sua própria maneira de fazer filmes. Venha se inspirar e dar um salto criativo no seu fazer artístico! Escolha seu curso e vem com a gente!
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O lançamento Navega para o Natal é cinematográfico! O consagrado diretor e roteirista Esmir Filho ensina Roteiro e Direção para Cinema e TV com a participação de convidados estrelados.
Em cada aula, o aclamado diretor do longa Verlust (2020) e da série do Netflix Boca a Boca (2020) fala sobre um gênero específico do audiovisual, acompanhado de expoentes da área. O curso é o registro em vídeo das aulas realizadas online e ao vivo no grupo de estudos Bússola - Delírios Cinematográficos, realizado entre setembro e outubro deste ano. E agora disponível em formato gravado para você. Esmir e convidados super especiais discorrem sobre roteiro e direção cinematográfica passando por diversos formatos ficcionais. Quer ver?
Para falar de curta-metragens, Esmir recebe a talentosa diretora e roteirista Juliana Rojas, conhecida pelos curtas A Passagem do Cometa (2018) e O Duplo (2012, que ganhou o Festival de Veneza em sua categoria), além de longas como Sinfonia da Necrópole (2016) e das parcerias com o também diretor Marco Dutra, como no terror surpreendente As Boas Maneiras (2017), entre muitos outros.
Na aula de longas originais, Esmir divide a cena com o aclamado diretor-roteirista Hilton Lacerda, autor de Tatuagem (2013) e Cartola: Música para os Olhos (2006, escrito e dirigido em parceria com Lírio Ferreira).
Dispensando apresentações, Laís Bodanzky é quem divide com Esmir Filho a aula sobre longas adaptados. Ela é a diretora de As Melhores Coisas do Mundo (2009), inspirado na coleção de livros Mano Descobre de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, e também do premiado Bicho de Sete Cabeças (2000), inspirado no livro Canto dos Malditos, de Austregésilo Carrano Bueno.
Quem fala com Esmir de formatos híbridos, como a docuficção, é André Novais. O sócio-fundador da produtora Filmes de Plástico e diretor de Temporada (2018, ganhador do Candango de melhor filme no Festival de Brasília) acaba de emplacar um filme produzido por ele, Marte Um (2022) na seleção do Festival de Sundance (EUA) do próximo ano.
Finalmente, completando o time, Ana Luiza Azevedo aborda ao lado de Esmir o formato série, tanto para TV quanto para streaming. Além de dirigir e roteirizar longas como Aos Olhos de Ernesto (2019), Ana Luiza roteirizou e dirigiu sucessos da TV como Doce de Mãe (2012), ao lado de Jorge Furtado.
Bora aprender sobre roteiro e direção com as experiências de quem está brilhando no mercado da telona e da telinha? Falta pouco, Roteiro e Direção para Cinema e TV com Esmir Filho e convidados está chegando!
Quer ver como você vai achar fácil fazer roteiro cinematográfico? É só seguir o passo a passo experimentado e aclamado de Anna Muylaert, cineasta de Que Horas ela Volta? (2015) e Durval Discos (2002).
Em seu curso Navega de Roteiro Cinematográfico, a diretora e roteirista parte de sua experiência profissional para contar quais são os passos de um roteiro e como você pode pensar neles sem complicação. Vamos nessa!
Em seu curso Navega, Anna Muylaert define o roteiro como um corpo humano. Suas partes são:
O esqueleto do corpo humano é aquilo que o mantém em pé, que organiza suas partes. No roteiro cinematográfico, o esqueleto é a estrutura. “Para mim é muito importante que os ossos sejam sólidos.Uma vez compreendidos, são fixos”, diz Anna.
Em texto e dicas da Anna, nós já vimos no nosso blog que essa estrutura é a história, ou a jornada do herói.
Essa história tem 3 atos, que são a introdução da vida da protagonista, a transformação e/ou os desafios pelos quais ela vai passar e o desfecho desse processo. Entre cada um dos atos, uma cena traz uma reviravolta aos acontecimentos.
Depois de delineada, essa história é dividida em atos, que são divididos em cenas. Fazer uma Sequence Approach, espécie de divisão clássica dos atos em certos números de cena, também é uma boa pedida. Anna costuma usar notas adesivas (post it) para organizar suas cenas num painel. Ali é possível enxergar os três atos e as cenas que compõem cada um deles.
Para Anna, se um filme tem essa estrutura bem resolvida, fica fácil montar sua carne. Mas o que é a carne num roteiro?
O que recobre o esqueleto num corpo é a carne. Para Anna, num roteiro a carne equivale à escrita das cenas, com suas ações, contextos e diálogos. Se a estrutura do roteiro está bem construída, fica fácil criar os conteúdos das cenas. “A carne tem que ter coerência, que é a estrutura das cenas, dos diálogos”, explica a roteirista.
Uma dica da diretora: para escrever seus diálogos e até o silêncio significativo de suas personagens, leve sempre em conta que cada personagem tem uma forma de falar e, principlamente, que “o cinema vem da ideia de movimento”.
Como o Brasil é um país com excelência em telenovela, em que o andamento das cenas é muito mais baseado em diálogos estáticos gravados em plano e contraplano, o cinema nacional acabou contaminado por essa tendência.
Uma forma de subvertê-la é criar cenas em que os diálogos acontecem durante alguma atividade, seja a personagem cozinhando, passando roupa, fazendo ginástica, comprando um livro. Intercalar uma cena mais parada com outra mais agitada faz com que seu filme ganhe ritmo.
Nosso corpo já tem esqueleto e carne. Aí a gente quer vesti-lo, arrumar seu cabelo, colocar adereços. Essa é a parte do acabamento do roteiro, em que você pode dar seu toque estilístico a partir de sua experiência. “Você tem que saber qual a medida, o que é fixo e importante pra contar sua história e o que tanto faz, o que é puro tempero”, ela afirma.
Como Anna mesma diz, é preciso conhecer o be-a-bá do roteiro para que ele seja sólido. Mas é preciso também soltar a criatividade para que, além de estrutura, seu roteiro tenha seu toque pessoal e encante os espectadores.
Para isso, não existe fórmula. Tente, invente e crie seu modo de fazer! Sua visão de mundo é o ponto de partida de um cinema inovador.
O roteiro de um documentário é igual ao de um filme ficcional? Qual a importância da personagem em sua construção? Quem responde a essas perguntas é o cineasta Carlos Nader (acima), um dos maiores documentaristas brasileiros da atualidade.
Seus filmes, como:
Pan-Cinema Permanente (2008, sobre o poeta tropicalista Waly Salomão),
Homem Comum (2014)
A Paixão de JL (2015, sobre o artista visual Leonilson, morto em decorrência da Aids em 1993)
entre outros, ganharam três edições do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentário, além de festivais em Bruxelas, Tóquio e Havana, tendo sido exibidos ao redor do mundo.
Ele é mestre Navega do curso Documentário Autoral, em que fala sobre o cinema documental a partir de sua experiência singular como criador e diretor. Entre os temas que Nader enfatiza para a realização de um documentário, a personagem tem lugar de destaque.
Sendo um dos elementos básicos de qualquer narrativa, desde a literária até a teatral, a personagem é quem conduz o enredo. No documentário, seu papel é ainda mais fundamental. Carlos Nader explica por quê.
Nader explica que, ao contrário do cinema ficcional, num documentário autoral, a última coisa a ser feita é o roteiro. “Geralmente é na fase de montagem que o roteiro é criado, finalizado de fato. Pode-se levar três anos montando um documentário”, ele conta.
Isso porque o documentário utiliza as personagens de uma maneira muito diferente do filme de ficção. A personagem documental que dá um depoimento ou é acompanhada pela equipe de filmagem fala o que pensa, age espontaneamente, não tem uma fala ou ação escrita num roteiro prévio.
A exceção é o documentário histórico, com cenas de arquivo e narração em off, caso em que o roteiro também é escrito antes da montagem.
Mas, assim como num filme de ficção, a personagem também conduz o enredo. Ainda mais no caso de Nader, que se considera um cineasta “relacional”, baseando seus filmes na sua relação com uma personagem ou tema.
De acordo com o cineasta, o filme documental autoral deve manter sua autonomia narrativa, como a ficcional. Assim, sua personagem também deve percorrer uma jornada de transformação, como num filme de ficção, mesmo que sua trajetória seja a expressão de um momento histórico ou da vida real.
Um recurso muito usado para extrair material das personagens de documentários é a entrevista. Na opinião de Nader, é preciso exercitar a escuta de maneira a deixar a personagem confortável para falar, mas também saber instigá-la.
Para ele, o mestre desse tipo de estratégia em entrevistas, com um dom imenso de escuta, foi o documentarista Eduardo Coutinho (acima), de Edifício Master (2002), O Fim e o Princípio (2006) e Jogo de Cena (2007), entre muitos outros filmes premiados.
Quer saber mais sobre as técnicas e ideias de Nader sobre o gênero documental, partindo de sua experiência premiada e apaixonante? Venha fazer o curso Navega Documentário Autoral com Carlos Nader. Lá, você vai aprender pela visão privilegiada que o cineasta burilou ao longo de sua trajetória de sucesso. Inspire-se com o mestre e ingresse no cinema documental!
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Seu projeto está idealizado, você já sabe o filme que quer fazer. Agora é a hora de inscrevê-lo em editais para alavancar a realização. Como adaptá-lo para passar por uma banca de seleção?
Poder de síntese, consciência do projeto e compreensão das diferenças entre os campos ficcional e documental são o caminho das pedras da tão sonhada seleção em editais de financiamento e produção. A gente te conta mais a seguir.
Para fazer uma banca se interessar por seu projeto, é preciso transformá-lo num texto curto: um resumo que fica entre a logline e o roteiro em si. É uma sinopse. Para fazer um bom texto explicativo e ao mesmo tempo conciso, considere as questões abaixo:
Por exemplo, o filme Medusa (2021), de Anita Rocha da Silveira, parte da trama de garotas ultrarreligiosas e conservadoras assombradas pela lenda de uma mulher queimada para mostrar como o machismo é introjetado e replicado pelas próprias mulheres - até que elas decidam reagir contra. É um tema superatual, com o qual um grande público vai se identificar - e muitos jurados também.
Para falar desses três itens, é preciso que você tenha clareza sobre o que o seu projeto quer dizer e como ele vai atingir o objetivo. Uma história bem contada traz sempre uma ideia de fundo, uma espécie de “moral da história”.
Se você tiver os pontos anteriores bem fundamentados, sua sinopse vai ser mais impactante para a banca de seleção que o próprio roteiro do filme em si. Afinal, nessa fase, é muito comum que o roteiro esteja em processo.
Mesmo o filme mais engenhoso, como por exemplo, Holy Motors (2021), de Leos Carax, tem um tema que o conduz. Sua narrativa alucinante apresenta uma série de personagens surreais encontrando-se e se desencontrando em viagens de limusine. Acreditem: é um filme sobre a transitoriedade da vida e a relatividade das relações humanas diante da infinitude do tempo. De cair o queixo.
O roteiro é geralmente o ponto de partida para o filme de ficção. Ele traz o enredo, as personagens e o contexto da história por meio das falas e das ações mostradas nas cenas. É mais fácil saber exatamente a história que você vai contar. Portanto, também é muito mais fácil escrever um texto de apresentação para edital sobre esse projeto, já bem delineado.
No documentário autoral, a ordem dos fatores é outra. Não dá para prever de antemão as falas e ações de uma personagem real. O que será filmado é o depoimento de uma pessoa viva. No caso de um documentário histórico, com cenas de arquivo e narração em off, o roteiro também vem antes.
Portanto, em geral, o roteiro de um projeto documental é definido na ilha de edição, quando já se tem o material todo em mãos e é possível desenhar mais claramente a trajetória da personagem.
Ou seja, no documentário, nunca se sabe exatamente qual será o produto final do projeto. Por isso, o texto de inscrição de um documentário em edital é praticamente uma peça de ficção, ou uma carta de intenções que prevê o que se espera alcançar como produto final. Neste caso, é possível prever apenas algumas situações e propostas de gravação, bem como descrições do objeto a ser documentado (pessoas, temas, lugares, etc).
As perguntas sobre história, motivação e importância histórica continuam valendo para compor esse texto. E a necessidade de conhecer bem seu projeto para empolgar o júri também, mesmo que ele venha a sofrer muitas transformações ao longo da realização.
Se os roteiros são a espinha dorsal do filme, que conferem sua estrutura e o fazem caminhar, seus resumos para editais são os olhos pelos quais a banca de seleção vai enxergar o projeto.
Concisão, clareza de objetivos e a vontade de abarcar temas relevantes para o mundo de hoje são a chave para seu projeto ter chances reais de ser contemplado por um edital. Vale lembrar: perseverança nunca é demais. Se não passou em um edital, mas põe fé no seu projeto, não desista. Reformule, aprimore e siga tentando. Uma hora você encontra alguém que vai se encantar com a sua ideia.
(imagem sob licença Adobe Stock)
Seu sonho de vida é estudar roteiros. Você começou a seguir o blog Navega e já viu dicas de como estruturar seu roteiro, os primeiros passos para aprender sobre ele, como aprimorar sua escrita e algumas dicas sobre como lê-lo.
Mas ainda não sabe como encaixar esse aprendizado no meio da rotina frenética de todo profissional em qualquer área de atuação ou estudante de curso superior dos nossos dias? Com calma, organização e um pouco de disciplina, você vai aprender ao mesmo tempo que se diverte. Confira!
Você estuda e trabalha, ou é casado e tem filhos para prover e educar. A gente sabe: hoje em dia, com as novas tecnologias, o horário de trabalho suga cada vez mais nossa agenda e fica difícil encontrar tempo para uma atividade além daquelas (muitas) que desempenhamos a cada dia.
Então, o primeiro passo para começar a estudar roteiro é colocar uma meta real de horas semanais para dedicar a esse tema. Não adianta dizer que você vai estudar 5 horas por dia todos os dias e não conseguir cumprir nem a primeira. Estabeleça uma rotina fixa e praticável, nem que seja de meia hora em duas vezes por semana, mas cumpra-a rigorosamente. Fim de semana também vale!
Assim, conforme você for se familiarizando com o roteiro e sua carpintaria, vai perceber sua evolução e se sentirá recompensado e pronto para ir além. Lembra daquele ditado, “devagar e sempre”? É o segredo do sucesso em qualquer estudo.
Nos roteiros de cinema e TV, entre seus elementos, o tempo e o espaço são muito importantes para marcar o contexto do seu enredo, certo? Isso também vale pra você e seus estudos.
Você conseguiu aqueles momentos preciosos durante sua semana, mas enquanto tenta ler um manual de roteiro ou ver um filme para analisar seu texto, o cachorro late, o bebê chora, o telefone toca, o vizinho grita e o futebol tá pegando fogo.
Pois encontre um cantinho em que ninguém vá te atrapalhar. Deixe o bate-papo no celular e as redes sociais para depois. Faz parte do seu momento religioso de estudo esquecer do resto e se concentrar.
Pode ser seu quarto, uma biblioteca ao lado da sua casa, a pracinha da esquina. Não importa. Qualquer lugar onde você consiga manter a concentração no que está lendo é perfeito.
Não há nada mais estimulante para um aluno do que perceber que seus esforços estão gerando resultados. Estabeleça metas realistas, mas que aumentam gradualmente seu nível de esforço. Você pode:
Para cada uma dessas etapas, você pode colocar um prazo para a realização. Mas não se afobe: é melhor levar mais tempo lendo um manual e analisando um roteiro escrito do que tentar acelerar o processo e não fixar a estrutura e os recursos desses textos. É importante respeitar seu ritmo de aprendizado.
Você já viu nesse texto algumas dicas para iniciar seus estudos em roteiro, certo? Mas leu um, dois, três manuais, roteiros publicados e ainda sente falta de aprender com a experiência de roteiristas consagrados da sétima arte e da TV. Nessa hora, a gente te ajuda!
Por meio do compartilhamento de ricas vivências profissionais, os mestres dos cursos Navega falam sobre roteiro com o conhecimento adquirido em trajetórias consolidadas. Tem para todos os gostos:
E o melhor: todos os cursos Navega são online e você pode acessá-los por até um ano a partir da compra! Dá pra estudar a qualquer hora com os melhores professores e métodos do mercado, porque são testados na prática, em carreiras brilhantes. Veja nosso cardápio de cursos e comece já a estudar.
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(imagem sob licença Adobe Stock)
A boa interpretação de texto é fundamental tanto para quem quer se aventurar na escrita (seja de romance, roteiro cinematográfico ou texto teatral), quanto para atores que vão dar vida a um personagem nos palcos ou telas.
Se você quer aprofundar a compreensão da leitura de um roteiro cinematográfico ou de TV (sobre o qual vamos falar mais especificamente aqui), é importante observar algumas noções básicas estruturais e usar técnicas de decupagem. Partindo desse mergulho, fica mais fácil criar seu próprio texto ou entender as motivações de sua personagem.
Como a gente já falou em alguns outros textos do nosso blog, um roteiro cinematográfico (como também qualquer narrativa literária) é composto por uma estrutura básica:
Com um começo, meio e fim, o enredo é a história propriamente dita, ou o conjunto de ações e situações vividas pelo protagonista em sua transformação. É a chamada “jornada do herói”.
Existem dois tipos de personagens, a saber,
O desenvolvimento de uma trama (ou enredo, como preferir) se passa num lugar e num período histórico definidos. Pode ser um mundo futurista e completamente diferente, ou num passado distante. Claro que, em se tratando de um roteiro cinematográfico, isso tem que ser transposto visualmente para o filme, mas com o avanço dos efeitos especiais e da computação gráfica, é possível fazer quase tudo em estúdio (mas atenção para a verba de produção, heim!).
Um bom início de leitura do seu roteiro é tomar notas identificando e descrevendo cada um desses elementos no texto. Esse é o chamado fichamento do roteiro (ou de qualquer outro texto que você queira analisar). Acrescente também um comentário crítico pessoal, em que você propõe uma leitura do que o texto quer dizer a partir de suas ações e personagens. Fazendo esse exercício, você começa a se apossar do roteiro, adquirindo uma visão pessoal de seus elementos.
Conhecendo e discernindo esses elementos fundamentais, você já pode usar algumas técnicas atualmente difundidas de interpretação e compreensão de roteiro, seja para estudar formas de escrever roteiros, seja para aprender a construir sua personagem. A gente cita algumas aqui:
Existe uma metodologia de criação de roteiros chamada Sequence Approach, usada em praticamente todos os filmes clássicos, de Federico Fellini até Stanley Kubrick, passando pelos desenhos da Disney. Uma de suas adeptas é a cineasta Anna Muylaert, diretora e roteirista do sucesso Que Horas ela Volta? (2015).
Ele consiste numa espécie de diagrama que confere métrica e ritmo ao filme, no seguinte esquema:
Ato 1 (introdução ao protagonista e ao enredo): 2 sequências de 7 cenas (cada cena tem 2 minutos)
Ato 2 (desenvolvimento do conflito/ transformação do protagonista): 5 sequências de 5 cenas (cada cena com 2 minutos)
Ato 3 (desfecho): 2 sequências de 5 cenas (cada cena com 2 minutos)
Um bom exercício é ler roteiros e assistir filmes clássicos levando em conta essa divisão de atos e cenas. Claro que esse esquema pode ter variações, mas geralmente é uma boa base para você entender o compasso da história e os momentos mais marcantes em que se divide.
Depois de dividir o roteiro estudado em atos e cenas, você pode organizá-lo numa linha do tempo, para deixar mais claras as emoções despertadas por cada sequência. É o gráfico de emoções, sobre o qual você lê mais aqui (embedar link do texto acima sobre “aprimorar criação de roteiro”).
Para um ator, o gráfico de emoções pode ser feito com foco na personagem que ele vai desempenhar. É uma forma de entender sua motivação em cada cena e ajudar a compreender melhor suas motivações e personalidade. Dessa forma, a interpretação fica orgânica e verdadeira.
Aqui, elencamos algumas características fundamentais dos roteiros de cinema e TV, em particular, e das narrativas criativas em geral. Sugerimos a realização de um fichamento para analisar melhor cada uma dessas partes.
Apresentamos também duas técnicas de divisão do roteiro muito usadas por profissionais dessa área, que ajudam o leitor a compreendê-lo mais profundamente.
Mas se você tem algum método próprio de leitura:
- gosta de grifar seu texto enquanto lê
- copia trechos que te parecem interessantes para pontuar certos momentos relevantes no enredo
- cria títulos para cada sequência temática de cenas para memorizar melhor a sensação predominante
Também tá valendo! O importante é você assimilar as sensações, sentidos e intenções da jornada que o roteiro apresenta. E a partir dessa experiência, você poderá tanto criar histórias profundas e emocionantes quanto interpretar seus personagens tomado de fé cênica.
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(imagem sob licença Adobe Stock)
Como aprimorar a criação do seu roteiro em alguns toques? Existe uma maneira correta de criar um roteiro? Aqui, a gente te dá dicas de como seu script pode ficar mais redondo - mas não necessariamente enxuto. Saiba por quê.
Depois de ler esse texto aqui, você se empolgou e escreveu uma penca de roteiros. Mas não adianta: por mais que você os leia, releia e reescreva, seus roteiros ainda não te parecem bons o suficiente. Nada a ver com o roteiro de O Sacrifício (1986), do cineasta russo Andrei Tarkovski, ou de O Processo de Joana D’Arc, do diretor francês Robert Bresson.
Calma!
Um roteiro não é escrito uma única vez. Ele recebe vários tratamentos ao longo do processo. E existem certos pontos que, se bem observados por você, vão fazer a diferença na construção do seu texto para cinema ou TV. Vamos a eles.
Como já dissemos num texto anterior, um roteiro é estruturado de forma a contar a trajetória de uma personagem que vai passar por uma transformação ao longo da história.
Para isso, o roteiro é dividido em três atos: a introdução, em que o protagonista e sua situação são apresentados; o desenvolvimento, quando surge um conflito que vai mudando sua trajetória; e o desfecho, que mostra como essa mudança afeta a personagem e define a história.
Entre cada um dos atos, há uma cena crucial, chamada plot twist, que traz uma reviravolta ao curso dos fatos anteriores. O primeiro plot twist indica o início da transformação da personagem; o segundo introduz o desfecho dessa transformação.
Outro ponto importante é ter uma noção de quanto tempo dura uma cena (ou um conjunto de planos que mostra uma ação acontecendo).
Há uma convenção cinematográfica que diz que uma cena deve ter em média 2 minutos. É claro que isso é variável. O cineasta dinamarquês Lars Von Trier, que costuma declarar fazer filmes incômodos, mas necessários, e que mais ninguém faria, é um mestre no prolongamento de cenas até o limite do (in)suportável.
Mas, se pararmos para calcular a maioria dos filmes que assistimos no cinema, vamos constatar que essa média de 2 minutos por cena é mais regular do que parece. Mas como você vai calcular o tempo da sua cena quando ela ainda está apenas no roteiro?
A cineasta Anna Muylaert dá o toque: 1 minuto de cena filmada costuma ocupar 1 página A4 escrita. Ou seja, para cada minuto do seu filme, você vai escrever em média uma página A4. Isso significa que se você fizer um filme com 1h30 de duração, vai ter 90 páginas de roteiro.
Significa também que uma cena ocupa em média 2 páginas do seu roteiro. Então, faça o teste: leia seu roteiro em voz alta, fazendo as pausas enquanto imagina as ações acontecendo na cena. Se durar cerca de 2 minutos, você está num bom caminho.
Uma métrica que começou a ser usada mais recentemente é o gráfico de emoções. O que é isso?
Para fazer um gráfico de emoções, você deve ler cada cena e apontar a emoção predominante nela. Uma cena pode ser muito triste, outra, tensa; e a seguinte, extremamente engraçada.
Depois que você alinhar essas emoções numa linha do tempo das cenas do seu filme, você pode observar se há um equilíbrio das emoções suscitadas por cada sequência. Se você agrupa cinco cenas tensas uma após a outra, o público pode sair exaurido do cinema. Se, por outro lado, você faz uma sequência de cenas em que nada acontece, o espectador pode dormir na poltrona.
Uma boa alternativa é intercalar emoções opostas, para surpreender e manter o espectador conectado ao enredo.
Você agora está pensando: “vou escrever minhas cenas com apenas duas páginas e nada mais que isso!” Mas o roteiro não funciona bem assim.
Apesar de haver uma métrica média de duração de cenas e do número de páginas do seu roteiro em relação aos minutos do seu filme, é bom escrever cenas um pouco mais longas, com alguma “gordura”.
Anna Muylaert explica que, se você fizer um roteiro muito enxuto, pode chegar na mesa de edição sem opções de planos e quadros para fazer uma boa montagem da cena.
Portanto, seja generoso em seu roteiro: se, depois de ele ser filmado, sobrarem falas ou ações, elas podem ser cortadas. Mas se não houver opções de imagem para dar criatividade à montagem, a cena pode acabar desinteressante ou até incompreensível.
Tá, a gente sempre fala aqui que produzir criativamente envolve sempre algum risco. Não adianta achar que você encontrou a fórmula mágica e vai poder repeti-la para o resto da vida. A graça de fazer arte (entre elas, o cinema) é buscar sempre uma nova maneira de contar velhas histórias.
Isso quer dizer que tudo o que dissemos acima vale como um bom começo, pra você ir experimentando a escrita do roteiro enquanto não é ainda um profissional. Mas a gente quer te ajudar nessa trilha. Começando te dando alguns toques, indicamos especialistas e logo mais você cria seu próprio estilo e método.
A gente te dá a mão nesse caminho! Venha!
(foto sob licença Adobe Stock)
Como estudar sobre roteiro de cinema? Se você já está se fazendo essa pergunta, deve saber o que é um roteiro e qual o seu papel numa produção cinematográfica, certo?
Então vem com a gente que vamos te explicar um pouco do que é essa ferramenta textual e algumas de suas características. A partir daí, você pode começar seus estudos nessa área e ter uma boa base para ampliar.
O roteiro de cinema é uma forma de escrita, assim como a literária. O que a diferencia de sua irmã das letras é a finalidade para a qual ele é escrito.
Pensando em termos das similaridades entre as linguagens do texto, vamos ver que tanto a narrativa literária quanto o roteiro vão ter quase os mesmos elementos: personagem, enredo, localização no tempo e espaço.
Mas como a história contada num livro se passa dentro da cabeça do leitor, o escritor tem uma liberdade enorme de inventar situações e mundos sem esforço algum. É só escrever e aquilo passa a existir.
Por sua vez, o cinema e a TV são audiovisuais, ou seja, criam suas histórias por meio de som e imagem. Assim, no roteiro, destinado a essas mídias, a diferença fundamental é que tudo aquilo que se passa dentro da cabeça do leitor deve poder ser transposto em cenas: as imagens em movimento.
Então, quando você escreve um roteiro, vai contar histórias, criar personagens e descrever situações que serão vistas pelo público. Um exercício básico para essa escrita é pensar na possibilidade de cada cena ser realizada em imagens e ações sem perder a compreensão para o espectador. Às vezes, não precisa nem de fala: só de o personagem caminhar na rua, já fica subentendida sua intenção.
Sempre que pensamos em estudar um assunto, vem logo à cabeça qual material didático, técnicas e pré-requisitos do próprio aluno são necessários para a empreitada. Tome nota de alguns pontos básicos para se lançar nesse universo:
Uma coisa a ser dita sobre roteiro (como também sobre qualquer forma de escrita, que é uma atividade basicamente criativa) é que não existe uma fórmula universal para escrevê-lo.
Mas, para quem está começando, é importante usar técnicas muito difundidas até encontrar seu estilo próprio. Primeiro você aprende a bater as asas, depois voa mais alto por conta própria. Existem alguns manuais super famosos que dão um passo-a-passo para você começar a escrever roteiros.
Um dos mais conhecidos (e ótimo ponto de partida) é o Manual do Roteiro, de Syd Field. Muitos macetes e convenções dos roteiros mais comerciais (usados até mesmo em alguns experimentais) foram estabelecidos pelo roteirista norte-americano. Como é um livro muito conhecido, é fácil de encontrar online ou em livrarias e bibliotecas públicas, é só pegar e ler.
Mas existe uma infinidade de livros que ensinam a escrever roteiros, como:
Entre muitos outros! Seja curioso, pesquise na internet e na biblioteca mais próxima e você vai descobrir uma porção de livros que falam mais sobre a arte e o ofício de escrever roteiros
Todo artista iniciante precisa de inspiração para conhecer melhor o formato no qual pretende se expressar. Se você quer escrever um romance, leia romances. Se você quer escrever um conto, leia contos. Se você quer escrever roteiros… ora, é claro, leia roteiros!!!
Existe uma infinidade de roteiros publicados, que vão desde Que Horas ela Volta?, de Anna Muylaert, até os três filmes consagrados de Kleber Mendonça Filho que foram publicados em um único livro: O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau. Isso pra ficar só nos brasileiros. Imagine a quantidade de roteiros de outros países que já estão traduzidos por aqui!
Após ter lido os manuais sobre esse tipo de texto, você pode analisar os roteiros, procurando em seus enredos estruturas e esquemas ensinados pelos teóricos. Aí você começa a se familiarizar com esse tipo de escrita e ter ideias para sua própria história.
Já leu alguns manuais e aprendeu o bê-a-bá? Já leu uma pilha de roteiros e aplicou o que aprendeu nos manuais na análise das histórias cinematográficas? Então agora é hora de ver muitos filmes e séries! Se possível, veja aqueles cujos roteiros você leu e analisou.
Aí, assistindo a transposição daquele texto para a telona ou a telinha, você vai perceber quais técnicas e artifícios são usados pelos diretores consagrados para transformar palavras em imagens e sons.
Agora você já tem algum repertório e está louco para por a mão na massa e rascunhar seu primeiro roteiro. Mas toda vez que começa a por as palavras no papel, você lê, relê e apaga tudo, porque acha que nunca está bom. Nada disso!
Complete seu roteiro sem medo de errar. Mesmo que ao terminar você veja que o texto não ficou tão bom, esse primeiro rascunho é o material que será trabalhado e retrabalhado até se tornar um filme. A cineasta Anna Muylaert conta que costuma reescrever seus roteiros dezenas de vezes e acredita que o roteiro só está pronto na fase de montagem.
A partir dessas dicas, você já pode se considerar um estudante autodidata de roteiros. Quando já tiver brincado bastante nesses seus primeiros passos e colecionar alguns esboços promissores, é a hora de aumentar seu grau de dificuldade e procurar ajuda especializada. Mas disso nós vamos falar em outro texto. Aguarde!
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O premiado designer gráfico Rico Lins dispensa apresentações. Dono de um portfólio invejável com ilustrações para veículos como Le Monde, Libération, The New York Times, New Yorker e The Washington Post, entre outros, além de um sem-número de cartazes, capas, logomarcas etc., Lins é mestre Navega do curso Design, Ilustração e Direção de Arte. Ele dá quatro dicas fulminantes para quem quer fugir do óbvio na hora de trabalhar com mensagens e imagens.
BOM REPERTÓRIO
Primeiro, “ter um bom repertório de referências é fundamental em qualquer campo da arte”, inclusive a gráfica. Ao mesmo tempo que recebeu formação tradicional pelo curso de Comunicação Visual da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da UERJ, era fã da estética do punk e do pós-modernismo. Além disso, inspirou-se em nomes tão diversos quanto o artista gráfico polonês Roman Cieslewicz, o desenhista de HQs Robert Crumb e professores do Royal College como Ken Garland, que acreditou e apoiou suas pesquisas e trabalhos. O olhar do designer é formado por sua rede de interesses e referências.
ASSIMETRIA É INCLUSIVA
Entre os conceitos básicos do design, estão forma, cor, luz, harmonia, contraste, etc. A partir deles, o designer organiza as informações visuais. Em vez de buscar a perfeição e a completa harmonia dos elementos gráficos, Rico sugere que o designer incorpore a assimetria em seus trabalhos. Ela é mais próxima da realidade: os mitos da perfeição e da pureza são inatingíveis e opressores. A imperfeição é inclusiva e aproxima o receptor da mensagem por seu caráter acessível.
SUBVERSÃO DO CLICHÊ
Em geral, o clichê é muito malvisto, mas Rico acredita que pode ser um bom disparador. Como todo mundo conhece, tem uma mensagem clara e traz familiaridade. Mas para não cair no óbvio, é preciso dar a ele uma nova leitura, um viés surpreendente. “Você tem que usar o clichê como trampolim e mostrar o que está por trás dele”, reflete o designer.
RAÍZES E ORIGINALIDADE
Finalmente, as raízes são importantíssimas. Quanto mais olhamos para nossas referências de base, mais singular é nossa produção. Os termos “origem” e “originalidade” compartilham a mesma raiz e trazem a ideia de que “quanto mais perto da sua origem, mais original você será”. E pelo tamanho e pelas diferenças regionais do Brasil, “nossa identidade vem justamente da nossa diversidade”, conclui Rico.
Gostou das dicas? Então se inscreva no curso Design, Ilustração e Direção de Arte com Rico Lins, desta plataforma online Navega Rotas Criativas. Você vai conhecer tudo de comunicação visual a partir da experiência consagrada de um dos maiores expoentes do tema para impulsionar seu talento.
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Uma narrativa literária é composta por alguns elementos fundamentais, que a estruturam e permitem seu desenvolvimento. Conhecê-los ajuda o escritor a ter um melhor planejamento do trabalho que vai escrever. Se esse é o seu caso, que tal acompanhar este breve percurso sobre os elementos das narrativas?
Uma narrativa é o ato de contar uma sucessão de fatos ligados entre si, geralmente com começo, meio e fim. Na literatura, vimos no blog que existem diversos formatos para criar uma história. São os gêneros literários, como crônica, conto e romance.
Na escrita literária, a matéria-prima da narrativa é a linguagem. Quanto mais a gente conhece o nosso idioma, mais conseguimos ampliar nossa capacidade de narrar as imagens que surgem em nossas mentes de forma concisa e original.
Daí a palavra imaginação: ela é o ato de produzir imagens mentais a partir de nossas experiências, e mesmo sonhos. A narrativa literária parte da tradução dessas imagens mentais em palavras, realizada pelo escritor.
Mas nem só de literatura vivem as narrativas. Os filmes, as peças de teatro e as séries de TV também narram histórias. Sua matéria-prima, no entanto, é a imagem gravada.
Só que antes de virarem obras audiovisuais, filmes, peças e séries também têm texto, ou roteiro. Portanto, para transpor uma narrativa para qualquer linguagem artística, é sempre bom levar em conta que em algum momento você terá que escrevê-la, mesmo que não seja essa sua forma final.
Aqui, estamos tratando da narrativa literária para falar de seus elementos (para saber mais sobre roteiro, leia esse outro post). Para construir uma história com começo, meio e fim, são fundamentais:
Conhecido também por nomes como trama, entrecho, intriga ou argumento, é o conjunto de acontecimentos que constituem a ação da obra literária.
Um texto literário é contado pela voz de alguém.
Se essa pessoa não está integrada à história e é onisciente (sabe de tudo o que acontece na trama, mesmo que sejam os pensamentos das personagens), dizemos que é um narrador em 3ª pessoa. Como no romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).
Se uma das personagens do enredo está contando a história diretamente, temos o narrador em 1ª pessoa. Um exemplo é o célebre romance de Machado de Assis (1839-1908), Dom Casmurro, aclamado no mundo todo.
O uso do narrador em 1ª pessoa na figura de Bentinho não permite ao leitor ter certeza se o que ele fala sobre Capitu é verdade ou fruto de seu ciúme.
Não dá pra contar uma narrativa sem incluir personagens, não é? Claro que não há limites para a invenção. Sua personagem pode ser um planeta, uma pessoa ou um fenômeno da natureza, não importa. O importante é que será ela que vai passar pelas situações surgidas no enredo.
O protagonista é a personagem principal, em torno do qual gira toda a trama. Uma narrativa pode até ter mais de um protagonista. As personagens que entram apenas colateralmente no enredo são as secundárias.
A narrativa se passa durante um período de tempo, em uma determinada época e em algum lugar, por mais fantasiosa que sejam. Os livros de ficção científica são famosos por criar planetas inexistentes ou transportar o leitor para um tempo lá no futuro.
Agora que você já conhece os elementos da narrativa, fica mais fácil escrever suas histórias. Seja para crianças ou adultos, de terror ou aventura, romance ou drama, enredo, personagens, narrador, tempo e espaço são a base para sua narrativa literária. Dê asas a sua imaginação e crie novos mundos!
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Criar uma logline de impacto é a chave de ouro para alavancar a produção do seu projeto cinematográfico ou televisivo. Com ela, você conquista parceiros para produzir e financiar seu filme ou série.
Ah, você não sabe o que é uma logline? Pois é sobre ela que vamos falar aqui. Você vai ver sua definição, alguns elementos básicos de que é composta e dicas práticas para escrevê-la. Se joga!
Parte fundamental do processo de captação e produção, a logline nada mais é que o resumo do roteiro do seu filme em pouquíssimas frases.
Se o roteiro, como falamos em outro post, é o texto que narra a história de um filme por meio de suas ações e personagens, a logline é uma megassíntese dele.
Você pode estar se perguntando como uma ideia complexa resumida em duas frases vai vender melhor seu projeto do que o roteiro em si, com a jornada do herói completa e todas as situações e personagens definidos.
É simples. Lembra da frase “tempo é dinheiro”? Pois então, nem sempre você vai ter todo tempo à sua disposição para contar a história do seu filme.
Pode acontecer de você estar num festival de cinema, num workshop ou numa festa e dar de cara com aquele produtor ou ator com quem você quer trabalhar. Se tiver sua logline na ponta da língua, você pode até ganhar a chance de ter seu roteiro lido pelo profissional em questão.
Mas quais elementos não podem faltar numa logline?
Uma frase impactante sobre o seu projeto tem que responder à pergunta básica: “Sobre o que o seu filme fala?” Para isso, alguns elementos da estrutura do roteiro devem aparecer nela.
O primeiro é o protagonista, ou a personagem que passa por uma transformação ao longo da narrativa. O conflito, ou a situação que leva o protagonista a mudar, também deve estar incluído.
O contexto em que a narrativa se desenrola também é fundamental. Pode ser uma cidade, uma moradia ou um cenário futurista, como também se passar tempos atrás. O tempo e o espaço de sua história ajudam a entender a personagem e seu desenvolvimento.
O diferencial da sua história, ou aquilo que a torna atraente para o público, também não pode ficar de fora: se ela é baseada em fatos reais ou num livro, se é em clima de fábula ou traz um drama familiar que foca o reencontro de uma mulher com sua mãe desconhecida, que a entregou após o nascimento para a adoção. Por exemplo!
Sabendo desses elementos, chegou a hora de ver algumas maneiras como eles podem ser combinados para deixarem seu interlocutor de boca aberta - e louco para ver seu filme no cinema!
Gostamos sempre de repetir: não existe fórmula mágica ou varinha de condão quando o assunto é produzir criativamente. Mas sim, temos algumas dicas no bolso que vão te ajudar a comprimir as páginas do seu roteiro em uma logline sedutora, que vai tirar seu projeto da gaveta.
Por exemplo, o filme Mogli, O Menino Lobo (The Jungle Book) mostra como “a pantera Bagheera e o urso Baloo passam maus bocados ao tentar convencer um garoto a deixar a selva e ir para a civilização”
Ou seja, você não precisa dizer como o filme começa e acaba. Mas tem que mostrar que esse conflito tem elementos de interesse suficientes para atrair a plateia
Por exemplo, em vez de dizer “Nemo é um peixe laranja que mora no Oceano Pacífico”, você pode dizer “Após se aventurar a nadar em mar aberto, a despeito dos avisos de seu pai sobre os perigos do oceano, Nemo é sequestrado por um barco e acaba no aquário de um dentista”. É a logline de Procurando Nemo.
Se os menores frascos carregam os melhores perfumes, a logline é sua essência favorita. Vamos tentar? Agora é sua vez de experimentar!
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Quais são os gêneros da composição literária? Quem quer escrever certamente já se fez essa pergunta pelo menos uma vez. Ela é importante na hora de definir o melhor formato para expressar sua criatividade. Vamos falar um pouco sobre alguns desses gêneros, suas características e escritores que se destacaram e destacam em cada um deles.
Os gêneros literários são formatos de escrita estabelecidos ao longo da história da literatura e da tradição literária. Eles começaram a ser catalogados desde a Grécia Antiga, em estudos como a Poética de Aristóteles. Desde esse texto clássico, os gêneros literários foram divididos em:
Não queremos abordar aqui o texto teatral. Vamos então olhar mais de perto os gêneros lírico e narrativo.
No gênero lírico, já houve uma série de formas fixas usadas ao longo da história: sonetos, versos alexandrinos, tercetos, cantigas, odes, etc. Cada uma delas difere em termos de métrica (ou a contagem de sílabas poéticas em cada verso e o número de versos em cada estrofe).
Mas a poesia contemporânea há muito se libertou dessas exigências formais e é hoje um campo aberto à pluralidade de estilos, chegando até a subverter a divisão do poema em versos e estrofes. O ritmo está nas consonâncias entre as palavras.
Embora o gênero narrativo sempre traga uma história, elas podem ser mais curtas ou longas, mais baseadas na realidade ou mais ficcionais.
Quanto à duração da narrativa de caráter mais ficcional, as divisões são:
Histórias mais baseadas na realidade são chamadas de:
Para cada um desses gêneros, existem exímios escritores brasileiros.
Por exemplo, na poesia, temos desde a métrica a serviço da abolição realizada magistralmente por Castro Alves (1847-1871) até a poesia intimista e cotidiana de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), passando pelos versos eróticos de Hilda Hilst (1930-2004) e cosmogônicos da poeta Orides Fontela (1940-1998).
Poetas em atividade, como Ricardo Aleixo (1960-) e Marcelino Freire (1967-), injetam criatividade e borram fronteiras entre linguagens artísticas e gêneros literários nos dias de hoje.
Já falamos de grandes nomes do conto (e até de como escrevê-lo) num outro texto do blog. A crônica tem como alguns de seus expoentes Rubem Braga (1913-1977) e a também poeta Cecília Meirelles (1901-1964). O irreverente Xico Sá (1962-) traz o olhar divertido de quem nasceu no Crato e virou cidadão do mundo.
Entre os romancistas, é difícil escolher entre tantos nomes de destaque. Vão desde a narrativa original de Lúcio Cardoso (1912-1968) até as distopias de Ignácio de Loyola Brandão (1936-). Ana Maria Gonçalves (1970-) traça a triste epopeia de africanos trazidos ao Brasil para serem escravizados, entre tantos outros nomes de ontem e hoje.
Essa lista é só a ponta do iceberg, e nem falamos de literatura internacional. Ficou em dúvida com tantos gêneros literários e ótimos escritores? Vá à biblioteca mais próxima de sua casa e faça uma viagem por textos nos mais diferentes estilos e formatos. Com a pandemia, tem até e-books para ler de graça e sem sair de casa.
Depois, você pode começar a escrever treinando com textos mais curtos para, se quiser, voar mais longe num romance ou ensaio de fôlego. O importante é descobrir de qual gênero literário você mais gosta.
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Como chegar a uma interpretação teatral que emociona a plateia? Se num texto anterior tratamos da construção de personagem, aqui vamos analisar uma das premissas básicas para o ator atingir seu público em cheio. São os conceitos de fé cênica e verdade teatral.
Quando um ator entra em cena, dizemos que ele dá vida a uma personagem. Isso quer dizer que não basta ele fingir que é outra pessoa. Ele precisa realmente “ser” outra pessoa, acreditar tanto em quem ele interpreta a ponto de convencer os espectadores.
Dessa forma, ele passa a sensação de verdade para o público, que se emociona de fato com sua jornada. Como dizia o filósofo grego Aristóteles na Poética, o teatro tem por função “causar a dor e a piedade na plateia”.
Ou seja, o espectador acredita tanto na peça que se envolve com a personagem, sentindo aquela história como se fosse sua. Isso acaba por trazer um alívio para as pessoas, que comparam suas vivências com as da história.
Então, quando falamos de verdade cênica, estamos falando de uma verdade crível a ponto de emocionar, mas que não existe de fato além do palco. Falamos de atores que interpretam seus personagens com tanta convicção que a plateia vê a peça como um recorte na vida de pessoas reais. Não como imitação.
Para chegar a isso, o ator precisa compartilhar um universo comum com a personagem, pensar como ela, sentir como ela. Diz-se em teatro que o ator deve “entrar na pele” da personagem. Como isso é feito?
Existem tantas técnicas de interpretação quanto atores na Terra. Não há fórmula mágica. Mas um ponto de partida interessante é pensar que, para entrar na pele de alguém, temos que conhecer muito bem esse ser fictício, como se fosse a gente mesmo, embora não seja totalmente igual. Gestos, voz, postura mudam a partir de muito ensaio.
Algumas dinâmicas ajudam o ator a mesclar sua maneira de falar e agir a um modo parecido com o que outra pessoa faria:
Depois de criar esse “caminho” físico e emocional pelo texto, é preciso ensaiar muito, a ponto de fazer os movimentos e as intenções naturalmente, sem pensar. É o que se chama de incorporar a personagem.
Aí o ator acaba por “acreditar” que é outra pessoa. Nesse ponto, ele não está mais fingindo, mas vivendo outra vida, preenchido de fé cênica. E é sobre esse conceito surgido na Rússia há mais de um século que vamos falar agora.
Foi o ator e diretor russo Constantin Stanislavski (1863-1938) que criou o conceito de fé cênica. Antes dele, a performance dos atores russos era muito exagerada. Pouco baseada em emoções reais, era determinada mais por convenções cênicas. Ficava tudo muito forçado.
Na virada do século 19 para o 20, com o avanço da ciência, a criação da psicanálise por Sigmund Freud e a imagem em movimento que culminaria no cinema, cada vez menos as pessoas se convenciam com essas interpretações maneiristas.
Stanislavski então criou seu célebre sistema, que propunha uma série de dinâmicas de expressão corporal, voz, leitura de texto e afins para aproximar o ator da fé cênica.
Isso nada mais é que a compreensão tão profunda da personagem por parte do ator que ele realmente acredita em sua interpretação, como se fosse mesmo o ser fictício que ele interpreta.
Para encher seus papéis de fé cênica, essas dicas acima são muito importantes. Mas seja também um bom observador do mundo e das pessoas.
Converse com pessoas que têm profissões e estilos de vida parecidos com o da personagem, pesquise situações e períodos históricos e não se canse de ensaiar para chegar a uma interpretação cênica orgânica e cheia de verdade.
Dessa forma, você vai emocionar seu público partindo da sua própria emoção. Experimente-se, pratique sua fé cênica e encante a plateia!
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Dentre os gêneros literários, o conto é um dos mais difundidos. Por ser de curta duração, traz narrativas de tirar o fôlego numa leitura rápida. A seguir vamos pontuar alguns passos essenciais para aprender a dominar a arte de escrever um conto de sucesso.
Os contos surgiram há muito tempo atrás, ainda na Pré-História, a partir da necessidade de transmissão oral das narrativas e fatos entre os seres humanos. Os grupos sociais se sentavam em círculo e contavam verbalmente suas aventuras cotidianas uns para os outros. Aos poucos, essas histórias ganharam contornos também ficcionais, uma das evoluções iniciadas pelo Homo Sapiens.
Com o passar do tempo, ao longo da Idade Antiga e Média, às vezes era transposto para o teatro, pela pouca difusão da leitura e da escrita entre a população em geral.
É na Idade Moderna, em meados do século 15, que essas narrativas começam a ser transpostas para o papel, virando literatura.
As histórias curtas enveredavam por divisões como o conto fantástico, de fadas, de cavalaria e afins. As histórias de magia, como também são conhecidos os contos de fadas, perduram até hoje em versões sempre atualizadas de acordo com os costumes de cada época.
A partir do século 19, contos de mistério e histórias de detetives se popularizaram ao redor do mundo.
Existem tantos tipos de contos quanto assuntos na face da Terra como:
No Brasil, o conto foi elevado à condição de obra-prima ao longo do desenvolvimento do nosso DNA literário. Em textos curtos, como “Uns Braços” e “A Causa Secreta”, Machado de Assis (1839-1908) fez um retrato vivo e ácido da sociedade da capital federal de sua época (então o Rio de Janeiro).
Pouco depois, João do Rio (1881-1921) eletrizou a cena brasileira com contos de terror como “Bebê de Tarlatana Rosa” e “A Mais Estranha Moléstia”. Guimarães Rosa (1908-1967), Clarice Lispector (1920-1977), Stanislaw Ponte Preta (1923-1968) e Rubem Fonseca (1925-2020) são expoentes do gênero no país, entre muitos outros.
Um conto é uma história curta com começo, meio e fim. É muito parecido com o romance em termos de estrutura dramática, pois tem uma apresentação da trama, seu desenvolvimento e o desfecho.
A diferença é a duração e complexidade: por ser curto, o conto tem uma trama simples, sem muitos desdobramentos, ao contrário do romance.
Para escrever uma história curta, esses 6 passos são fundamentais para a qualidade do seu texto:
Essas são algumas dicas básicas para escrever um conto. O recheio é com você! Solte sua criatividade, não limite seus temas e ideias. Afinal, o que faz um conto ser imperdível não é o ineditismo da história, mas a maneira exclusiva de cada um olhar para uma situação e encontrar outros sentidos. Antes de surpreender o público, surpreenda-se!